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| Foto: Dany Toniato |
"De 10 mulheres, pelo
menos sete sofrem ou vão sofrer algum tipo de violência no país", foi com
dados como esse que a militante Mariana Gava abriu o debate sobre Feminicídio e
Violência no Espírito Santo no último sábado, 09. O pré-encontro, realizado
pelo Coletivo Enecos ES, contou também com a participação de Deborah Sabará e
Ana Lucia Rezende.
Representante do Fórum
Estadual de Mulheres, a militante Mariana Gava ressaltou que a maioria das
mulheres assassinadas no Estado já tiveram medidas protetivas. Mariana também disse
que o ES ainda é muito fechado para fazer levantamentos de dados sobre mortes a
mulheres, LGBT's, negras e negros, jovens, entre outros.
Deborah Sabará, militante
pelo Fórum Estadual LGBT, fez duras críticas aos produtos audiovisuais, que
colocam homens para interpretarem mulheres trans, e disse que é preciso chamar
mulheres trans para atuarem no papel de transexuais e não homens. A militante
também citou os casos de morte a transexuais no município da Serra, Deborah
conta que tem conhecimento de nove trans mortas no município ano passado, sendo
que três delas foram enterradas sem a presença da família, cabendo ao movimento
social acompanhar o enterro.
Membro do Coletivo
Femenina, Ana Lúcia Rezende contou a sua experiência na subsecretaria de
Mulheres da gestão anterior no Governo do Estado, a militante conta que eram
poucas mulheres para dar conta do Espírito Santo inteiro. Ana também alertou
as/os estudantes presentes sobre a abordagem jornalística que poderia ser feita
as famílias que perdem suas filhas em casos de Feminicídio. "É preciso
mais sensibilidade aos familiares dessa vítima. O culpado da morte muitas vezes
é escondido. No caso dele estar foragido, é preciso mostrar quem é" frisou
ela, que reforçou também que as reportagens devem vir com o número da delegacia
da mulher, que muitas vezes não vem na matéria.
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| Foto: Dany Toniato |
O pré-encontro contou com
perguntas e constatações das e dos estudantes presentes.
Os debates para o Encontro
Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecom) continuam neste sábado,
16, com o segundo pré-encontro: Genocídio da Juventude Negra e Religiões de
Matriz Africana. O debate acontece na sala 13 do Cemuni I, às 14h. A lista de
presença para aquelas ou aqueles que pretendem ir para o Enecom será passada
até às 15h.
Gustavo Ferreira - Diretor de Comunicação
"Ih, Caracos" - Gestão 2014 Cacos|Ufes
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